Albufeira e a sua história

Albufeira e a sua história

As origens de Albufeira remontam à pré-história, provavelmente começando como um posto avançado marítimo. Os romanos, que o chamaram de Baltum, estabeleceram infraestrutura como aquedutos, estradas e pontes, e promoveram a agricultura e o comércio. Após a queda do Império Romano, a área foi controlada pelos visigodos e, mais tarde, no início do século 8, conquistada pelos muçulmanos do norte da África. O nome Albufeira deriva do árabe "al-Buħayra" (البحيرة), que significa "a lagoa".

Os mouros fortificaram a região, tornando-a uma das suas últimas fortalezas em Portugal. Eles avançaram nas práticas agrícolas introduzindo novas técnicas, irrigação e transformando a paisagem em jardins e pomares férteis.

Idade Média

A conquista cristã de Albufeira começou no final do século XII. Na época em que Afonso III assumiu o trono, a maior parte do Algarve estava sob controle cristão, embora Albufeira tenha resistido até 1249, quando caiu nas mãos das forças de Afonso III após a captura de Faro. A cidade foi então entregue à Ordem de Aviz em 1250. Após a sua conquista, os mouros foram perseguidos e presos numa caverna hoje conhecida como Cova do Xorino. Albufeira passou a fazer parte do Reino de Portugal, e o rei D. Manuel I concedeu-lhe foral a 20 de agosto de 1504.

Séculos 18 e 19

Albufeira foi fortemente danificada por desastres naturais, particularmente o terremoto de Lisboa de 1755, que causou ondas de 10 metros (33 pés) para devastar a cidade, deixando apenas 27 edifícios de pé, todos em ruínas. A igreja paroquial desabou, matando 227 pessoas. Os esforços de reconstrução foram prejudicados por tremores secundários contínuos até 1756.

Em 1833, durante as Guerras Liberais, Albufeira foi atacada pelas forças antiliberais de Remexido, resultando em destruição significativa e perda de vidas. A cidade cresceu mais tarde com a expansão da pesca, comemorada anualmente pelo 'Festival de Peixes', homenageando a indústria pesqueira que contribuiu para o desenvolvimento da cidade.

 

Século 20

No início do século 20, a economia de Albufeira era impulsionada pelas exportações de peixe e nozes, com cinco fábricas empregando 700-800 pessoas, principalmente esposas de pescadores. No entanto, entre 1930 e 1960, a economia local declinou, levando ao fechamento de fábricas, redução de barcos de pesca e casas abandonadas. A população caiu pela metade e a pesca tornou-se uma atividade de subsistência.

Na década de 1960, Albufeira começou a transformar-se num centro turístico, expandindo-se para as colinas circundantes para acomodar milhares dos 5 milhões de turistas que visitam o Algarve todos os anos.

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